quinta-feira, 31 de março de 2011

Distância mantém caças F-22 longe das operações na Líbia

Um caça F-22 Raptor durante uma demonstração em Point Mugu, California. (Foto: Tech Sgt Justin D. Pyle / U.S. Air Force)
Segundo a USAF, a distância está mantendo a frota de caças F-22 Raptor da Força Aérea dos EUA fora dos combates sobre a Líbia, conforme informação do chefe da força aérea General Norton Schwartz, após semanas de especulações sobre o motivo.

Se os caças Raptors estivessem baseados na Europa ou no Oriente Médio, eles poderiam ser utilizados na Operação Odisseia do Amanhecer para reforçar a zona de exclusão aérea sobre a Líbia, disse o General ao comitê de defesa do Senado dos EUA.
O General foi ao Senado informar que os planejadores da missão buscaram disponibilizar os vetores mais próximos da Líbia. A operação num contexto geral foi colocada com a conveniência em mente e as aeronaves que já estivessem destacadas nas proximidades foram utilizadas, de acordo com Schwartz.
“Claramente, tendo os caças F-22s estacionados na Europa numa proximidade maior com a Líbia e dessa forma mais disponíveis, eles sem dúvida teriam sido utilizados,” disse Schwartz. “Mas como isso veio junto com bastante rapidez, o julgamento foi feito para aplicar as várias plataformas que tínhamos em nosso inventário utilizando os recursos que estavam nas proximidades.”
O general fez questão de acrescentar que a decisão de deixar de fora o F-22 “não foi um anúncio contra esse sistema de armas como um todo, mas realmente foi um julgamento tomado no que diz respeito a colocar o plano geral em execução num prazo de tempo muito rápido. ”
Traduzindo: a mudança nos planos para deixar os caças F-22 de fora não deve ser considerado como uma “rasteira” nos Raptors.
A guerra aérea até o momento já incluiu as aeronaves dos EUA F-16, F-15E, EA-18G, AV-8B e A-10, os caças britânicos Eurofighter Typhoon e Tornado, e os franceses Rafale e Mirage. Todos esses jatos táticos que operaram juntamente com bombardeiros B-2 Spirits, B-1B Lancers, AC-130 Spectres e uma variedade de aeronaves de inteligência, comando e controle, reabastecimento e reconhecimento.
O Secretário da USAF Michael Donley adicionou que o caça F-22 é otimizado para o combate ar-ar enquanto que a vasta maioria das operações na Líbia estão sendo focadas nos ataques ar-solo, melhores desempenhadas pelas aeronaves F-15E Strike Eagle e outros “bombardeiros.” Ele adicionou que a missão na Líbia mostra a eficiência e efetividade das forças de bombardeiros dos EUA.
Outra informação divulgada pelo analista de assuntos militares Loren Thompson, do Lexington Institute, disse que o caça F-22 provavelmente foi mantido fora dos combates pois seus sistemas de links de dados não conseguem se comunicar com as outras aeronaves do inventário, além da limitação das capacidades de ataque ao solo.
Os caças Lockheed F-22 Raptors, as mais avançadas e caras aeronaves do arsenal dos EUA, estão baseados na Virgínia, Novo México, Califórnia, Flórida, Alasca e no Havaí.
Nota do Editor: Interessante a desculpa do chefe da USAF sobre o não envio dos caças F-22 para Líbia, já que fazem tanta propaganda dos deslocamentos dos caças para Coreia do Sul, Guam, Japão, etc. E além disso os mesmos também nunca foram utilizados no Afeganistão, Iraque, Kosovo. Acredito mais nas deficiências da capacidade de ataques ar-solo dos Raptors.

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