Dois caças Eurofighter Typhoon da Força Aérea Italiana voam em formação com um E-3 AWACS da OTAN. (Foto: Eurofighter) |
A resolução, elaborada por EUA, Reino Unido, França e Líbano, autoriza ainda o uso de “todas as medidas necessárias” a fim de proteger os civis contra as forças de Muamar Kadafi. Na prática, isso significa a autorização de uma ação militar contra o ditador. Uma invasão por terra, porém, foi descartada.
A embaixadora do Brasil na ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse que o país não está convencido de que o uso da força levará ao objetivo primordial de defesa ao povo líbio e defendeu o diálogo.
Horas antes da votação, o premiê francês, François Fillon, adiantou que Paris estaria disposta a dar início às operações dentro de algumas horas. Os EUA disseram que já preparavam suas forças. Caças britânicos estariam aguardando ordens, prontos para serem despachados ainda ontem. Entre os países árabes, Qatar e Emirados Árabes Unidos podem participar, segundo a Liga Árabe. A medida foi aprovada depois que tropas do ditador avançaram sobre o leste do país, ameaçando Bengazi, segunda maior cidade da Líbia e centro da resistência rebelde.
Kadafi avança a Bengazi e ameaça Mediterrâneo
Reunião do Conselho de Segurança quando foi votada resolução. (Foto: AP) |
Kadafi anunciou que as Forças Armadas chegarão a Bengazi à noite (horário local) e que não mostrarão misericórdia contra os opositores que resistirem.
“Limparemos Bengazi, toda Bengazi, dos criminosos e de qualquer um que tente ferir nosso líder e nossa revolução. Não teremos piedade”, afirmou O Ministério da Defesa da Líbia também ameaçou atacar o Mediterrâneo. “Qualquer ação militar estrangeira contra a Líbia deixará o tráfico marítimo e aéreo no Mar Mediterrâneo exposto a perigo e civis e militares se tornarão alvos do contra-ataque da Líbia”, afirma comunicado divulgado pela televisão estatal.
“A bacia do Mediterrâneo enfrentará perigo não só de curto, mas também de logo prazo”, completou.
Fonte:Cavok
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