terça-feira, 31 de maio de 2011

O impacto da tsunami nas missões de um esquadrão de reabastecimento aéreo da USAF

Seis caças F/A-18 Hornet do esquadrão "Coyotes" dos Marines, acompanham em voo um KC-135 da 190ª Ala de Reabastecimento Aéreo da USAF durante a realização de uma missão executada horas antes do terremoto que atingiu o Japão, no momento que sobrevoavam Wake Island. (Foto: SSgt. Ben Fulton / U.S. Air Force)
Com a intensidade das condições climáticas no Kansas, não é incomum para uma missão ser impactada por tempestades de vento, ou mesmo uma nevasca ocasional. No entanto, não é sempre que uma missão da 190ª Ala de Reabastecimento Aérea é afetada por uma tsunami, mas isso é exatamente o que aconteceu após o terremoto e o tsunami resultante que assolou o Japão.


Minutos depois do terremoto, as autoridades emitiram alertas de tsunami para o Japão e dezenas de outras ilhas ao longo do Pacífico, incluindo a Wake Island e no Havaí, os quais serviram de base temporária para três aeronaves KC-135 da 190ª Ala e suas tripulações.

Os dois aviões tanques e as tripulações na Wake Island faziam parte de uma missão de seis aeronaves que escoltavam 12 caças F-18s dos Marines que estavam se deslocando do Japão para os Estados Unidos. Os F-18 dos “Coyotes” decolaram da Base Aérea de Yakota, no Japão, apenas horas antes do terremoto. Eles não sabiam do terremoto, ou da tsunami resultante, até a chegada em Wake Island.

Na verdade, somente várias horas após a sua chegada é que souberam que estavam em um alerta de tsunami. E uma vez que eles souberam do tsunami, eles tiveram menos de três horas até que a onda antecipada antingisse a ilha. Ao contrário de muitas ilhas, Wake é extremamente pequena e totalmente desprovida de quaisquer locais elevados. “O mais alto local da ilha são os edifícios de alojamentos de dois andares”, disse o major Dan Skoda, uma dos pilotos na missão. Há também cerca de 100 pessoas que permanecem na ilha durante todo o ano, destacados em Wake, que imediatamente implantaram o plano contra desastres na ilha.

“Eles nos garantiram que a geografia do recife ao redor da ilha torna o risco de uma onda devastadora ser muito baixo”, disse Skoda. “Tínhamos a confiança que eles sabiam o que estavam fazendo. Certamente tiveram tempo suficiente e espaço nas aeronaves para evacuar todo o pessoal para fora da ilha. ”

Quando a onda atingiu a costa, a ilha foi poupada da catástrofe que atingiu o Japão. A ilha de Wake experimentou apenas ondas de menos de um metro que não causou danos, possibilitando que os caças F-18 dos Coyotes pudessem completar a sua missão dentro do cronograma. As tripulações aguardaram as ondas no telhado do prédio do quartel da base.

Apesar de a tsunami acabar não tendo impactos negativos sobre as missões, ainda era uma situação única, que reforça o profissionalismo e a flexibilidade que as tripulações devem manter, mesmo em missões de rotina.

Fonte:Cavok.

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