sexta-feira, 20 de maio de 2011

Índia dá sinal verde para atualizar seus caças Mirage 2000 com a França

A França fará a atualização de sistemas dos caças Mirage 2000 da Índia.
Confrontados com uma dupla ameaça da China e do Paquistão, que até se unem para fabricar aviões de combate, a Índia está realmente pondo em andamento os seus contratos de aviação militar. Mesmo que o negócio de US$ 4,1 bilhões para 10 aviões de transporte aéreo estratégico C-17 Globemaster III esteja aguardando o aval final do Comité do Ministério de Segurança (CCS), outro importante contrato agora é prioridade. Fontes do Ministério da Defesa disseram na quarta-feira que o acordo há muito esperado com a França para a atualização de 52 caças multi-função Mirage 2000 da frota de combate da IAF está “finalmente está pronto”, a um custo de quase US$ 2,4 bilhões.


“Esta vai agora também para aprovação no CCS. Outro grande contrato, que está sendo trabalhado simultaneamente, para adquirir cerca de 450 mísseis MICA para armar os atualizados Mirages também está em fase final agora”, disse uma fonte .

Isso aconteceu depois de longa negociação estabelecida com as empresas francesas Dassault Aviation (fabricante do avião), Thales (integrador de sistemas de armas) e a MBDA (fornecedor de mísseis), que “inicialmente iam pedir muito mais”, disseram fontes.

Nos termos do contrato, os primeiros 4-6 Mirages serão atualizados na França, enquanto o restante vai ser instalado na Índia pela Hindustan Aeronautics Ltd (HAL), com transferência de tecnologia das empresas francesas.

Isso significa que o pacote de atualização geral Mirage, incluindo os mísseis ar-ar MICA e a infra-estrutura de fabricação na HAL, eventualmente poderão cruzar os cruzar a marca de US$ 3,1 bilhões.
São, obviamente, levantandas dúvidas se não seria mais prudente do que simplesmente comprar novos caças ao invés de atualizar os mais velhos a tal custo. A IAF, no entanto, argumenta que os “adaptados” Mirages – com novos aviônicos, radares, computadores de missão, cockpits modernos, informações geradas nos capacete, suites de guerra eletrônica, disparo de armas de precisão e sistemas de pontaria – permaneceriam “caças atualizados” por quase duas décadas a mais.

Com uma diminuição crescente de seus esquadrões de caça (cada um tem 16-18 jatos) para apenas 32 a partir de uma força pretendida de 39,5, a IAF está indo para uma mistura de atualizações e novas induções para alcançar a sua rápida vantagem de combate sobre o Paquistão.

Há, por exemplo, a atualização contínua de 63 caças MiG-29, sob um acordo US$ 964 milhões fechado com a Rússia em março de 2008. Então, a Índia está também progressivamente introduzindo os 272 caças Sukhoi Su-30MKIs contratados da Rússia por US$ 12 bilhões. Além disso, o primeiro lote de cerca de 120 jatos de combate leve Tejas fabricados na Índia vão começar a entrar em operação no final de 2013.

A Índia também quer que até dezembro deste ano o projeto de US$ 10,4 bilhões para 126 aeronaves médias de combate multimissão (MMRCA), em que apenas o Rafale francês e o Eurofighter Typhoon são finalistas.

Além de tudo isso, a Índia espera começar a introdução de 250-300 avançados aviões de caça stealth de quinta geração (FGFA), sendo co-desenvolvido com a Rússia, a partir de 2020, no que será o seu maior projeto de defesa, num valor aproximado de US$ 35 bilhões.

Fonte: Times of India – Tradução: Cavok

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