sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Auditoria questiona Marinha Indiana pela compra de caças MiG-29K sem pacote de armamentos

A Marinha da Índia adquiriu seus caças MiG-29K sem armamentos casados, e agora está com suas aeronaves entregues mas sem armamento disponível. (Foto: Vitaly Kuzmin)
A Marinha Indiana passou por um momento complicado nessa quinta-feira, quando um auditor questionou a compra de aviões russos de combate MiG-29K que foram adquiridos sem seus sistemas de armas, tornando-os praticamente incapazes de combater até o momento.

No seu último relatório apresentado ao Parlamento, a Controladoria Geral e Auditoria (CAG) disse que a Marinha teve uma abordagem falha em adquirir a sua frota de novos aviões de caça ao não adquirir um pacote de armas associadas juntamente com o contrato para as aeronaves.
As novas aeronaves serão implantadas no porta-aviões INS Vikramaditya quando ele for comissionado na marinha daqui dois anos, depois de passar por uma remodelação em um estaleiro russo.
Das 19 aeronaves compradas por US$ 526 milhões em março de 2004, 11 já foram entregues pela Rússia entre dezembro de 2009 e maio de 2011. Mas, “nenhum item de armamento contratado em março de 2006 havia sido entregue desde outubro de 2010, prejudicando as capacidades operacionais da aeronave.”
Além disso, a Marinha havia escolhido um míssil ar-ar além do alcance visual (BVR), um sistema de armas muito importante desde que a capacidade das aeronaves para abater aeronaves inimigas em longas distâncias, tinham “um histórico insatisfatório” com a Força Aérea Indiana (IAF).
O IAF havia comprado os mísseis BVR de origem soviética, juntamente com os aviões de combate MiG entre 1999 e 2002, e tinha relatado que os armamentos não obtiveram resultados “satisfatórios”. A Marinha havia comprado 40 dos mísseis ar-ar BVR por US$ 21,88 milhões.
“Por fim, o pacote de armamento completo finalizado para as aeronaves (MiG-29K) contém certas munições no valor de US$ 20,98 milhões, que não obtiveram a aprovação da autoridade competente”, disse o relatório da CAG.

Fonte: Hindustan Times – Tradução: Cavok

Nenhum comentário: