domingo, 8 de maio de 2011

Caça Harrier Plus faz o primeiro pouso no Juan Carlos I

O jato Harrier Plus da Armada Espanhola no momento que chegava para pouso no novo navio aeródromo Juan Carlos I. (Foto: Armada Espanhola)
Foi executado no último 3 maio o primeiro pouso de uma aeronave AV-8B Harrier Plus da Marinha Real Espanhola no navio aeródromo Juan Carlos I. A aeronave pousou verticalmente sobre a plataforma da nova Nau Capitania  da frota espanhola.

Este é um evento muito importante para o programa BPE (Buque de Proyecciones Estratégica), iniciado pela Espanha, não só para as suas necessidades domésticas, mas também para permitir que o fabricante donavio, a  Navantia possa ganhar espaço no mercado internacional.
Adotando o conceito de porta helicópteros de ataque americano (HDL),  o Juan Carlos I é um navio polivalente, capacitado a transportar tropas, veículos e equipamentos de desembarque, mas também, consiste em uma unidade de comando e um porta-aviões.
Suas dimensões são, 231,4 m de comprimento 32 m de largura e um deslocamento de 26.800 toneladas. O BPE opera com 247 marinheiros e pode transportar ainda mais 900 soldados.

O Harrier Plus já a bordo no navio aeródromo Juan Carlos I, no dia 3 de maio. (Foto: Armada Espanhola)

O convés de vôo do Juan Carlos I tem seis pontos de pouso (para helicópteros NH90, AV 8B entre outras) e termina com uma plataforma inclinada 12 graus, possui 202,3 m de comprimento. É conectado por dois elevadores em um hangar, que podem acomodar 12 aeronaves. No total, o navio pode transportar até 30 helicópteros médios e pesados, 12 Harrier ou 10 helicópteros.
A capacidade de implementar a decolagem de aeronaves Vstol  é uma mais valia para a BPE.  Ao adotar este projeto, a Marinha Espanhola conseguiu aliar as vantagens de operar um porta aviões que pode se  converter a porta helicópteros. Isto permite que os potenciais compradores exteriores do BPE tenham a liberdade de escolha que, mais tarde, em um contexto em constante evolução estratégica, adequada as realidades orçamentárias.

O navio aeródromo Juan Carlos I da Armada Espanhola. (Foto: Armada Espanhola)

Esta possibilidade foi, sem dúvida, uma das razões pelas quais escolheu a Austrália escolheu o BPE  espanhol ao invés do BPC francês. Ao fazer esta escolha, a Austrália (que encomendou dois navios) mantém a capacidade de recuperar (se desejar) o porta-aviões, ou optar por um porta helicópteros de assaulto.
A indústria espanhola, provavelmente apresentará estas mesmas cartas frente a Turquia, onde o BPE também está competindo com o BPC francês. Mais uma vez, Ancara pode ser seduzida pela perspectiva de possuir seu primeiro porta-aviões. Quanto à Espanha, os compradores estrangeiros do BPE podem equipar seus navios em poucos anos, para isto almejam empregar caças F-35B, cujo programa também tem como parceiros a Austrália e a Turquia.

Fonte: Armada Espanhola – Traduão: E. M. Pinto – Plano Brasil

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