quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Aviões partem do Canadá com ajuda para o Haiti


Dois aviões militares de carga partiram nesta quinta-feira do Canadá para o Haiti com material de ajuda e equipes de pessoas, e espera-se que, ao longo do dia, saiam outro avião e duas fragatas, informou o Governo canadense.
Ao mesmo tempo, é esperada para esta quinta-feira a chegada a Montreal dos primeiros 100 canadenses retirados do Haiti, que terça-feira registrou um forte terremoto que devastou a capital, Porto Príncipe, e deixou milhares de mortos e feridos.
O ministro da Defesa canadense, Peter MacKay, disse, durante uma entrevista coletiva, que no final do dia, zarparão duas fragatas com uma carga de ajuda humanitária e devem chegar ao Haiti em quatro ou cinco dias.
Além disso, um avião C17 e um C130 Hércules das Forças Aéreas canadenses partiram no início desta manhã com material, assim como pessoal médico, engenheiros e equipes de busca e resgate. Um segundo C17 viajará a Porto Príncipe no final do dia, com mais equipes.
O ministro de Assuntos Exteriores canadense, Lawrence Cannon, disse, durante a mesma entrevista coletiva, que manteve conversas com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, para coordenar a ajuda canadense ao Haiti.
Cannon também disse que falará nesta quinta-feira com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim.
Terremoto
Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.
Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros
A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes do Exército chegaram na noite de quarta-feira à base brasileira no país para liderar os trabalhos do contingente militar brasileiro no Haiti. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o país. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.
O Brasil no Haiti
O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.
A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

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